terça-feira, 22 de janeiro de 2013

You Belong With Me -42º capítulo.



-Lindsay, eu... Eu to com medo. –disse rapidamente.
-Medo? Medo do que, Bella?
Bati as mãos no volante, enquanto estávamos paradas no sinal e me virei um pouco pra falar com ela.
-De tudo, na verdade. Sei lá, tenho medo de não ser uma boa mãe... Medo de não conseguir dar atenção ou carinho o suficiente. Medo do que a falta do pai pode causar a essa criança... São tantas coisas.
Acelerei o carro assim que o farol abriu, e virei à rua a direita, procurando uma vaga.
-Cala a boca! Você vai ser uma ótima, ótima mãe. Acha que eu nunca vi você conversando com o bebê? Você tem que ver como seus olhos brilham!
Estacionei o carro e descemos do mesmo. Eu sorria feita boba. Por causa do bebê, por causa das palavras de Lindsay e porque eu logo saberia se estava esperando um príncipe ou uma princesa.
Abracei Lindsay de lado e fomos andando até o consultório. Antes de entrarmos, a puxei e dei um abraço apertado.
-Muito obrigada... Por tudo.
Entramos no consultório, fiz minha ficha na recepção e ficamos esperando. Uns quinze minutos depois, mais ou menos, a doutora me chamou. Não era a doutora Anne, com quem eu prometi fazer meu pré-natal, mas tudo bem. A doutora Ashley, uma médica que deveria ter uns 30 anos, alta e ruiva. Uma médica muito simpática, na verdade.
-Ah, como essa barriguinha cresceu desde a última vez que nos vimos, não?
-Ah, sim... Já estou começando a sentir o efeito na minha coluna. –ri.
Deitei na maca e levantei minha blusa, o que já era de praxe. A doutora passou aquele gelzinho gelado em minha barriga e eu senti meu corpo se arrepiar.
-Vamos lá, Bella.
Ela passava o ultrassom na minha barriga, de um lado ao outro, procurando, até ter uma boa visão. Meu neném estava lá, com as perninhas arreganhadas, o que facilitou muito.
-Muito bem querida... Aqui está... –ela focou num ponto no meio das perninhas –a sua garotinha.
O mundo pareceu parar naquele instante. Imagens passavam em minha cabeça, e o sorriso era inevitável.
Uma garotinha loirinha de cabelos claros iguais ao do pai, e a lábios grandes, também iguais ao do pai. Olhos grandes e escuros como os meus. Perninhas gorduchinhas rodopiando pela casa. Um lacinho cor-de-rosa enfeitando graciosamente sua cabeça, um vestido branco, com babados caindo perfeitamente bem em seu corpinho gorducho.
-É uma menina? É a minha pequena Claire? Eu estava certa?
-Sim, é uma menina, Isabella. Claire? Que nome lindo.
-Sim, vai ser Claire... Eu não te disse, Lindsay? Eu disse que era uma menina! –me vangloriei.
-Ahã. Você disse... Umas centenas de vezes. –a doutora riu.
-Sim, muitas vezes as mães sentem essas coisas... Muito bem, Bella, pode se levantar. –ela me deu alguns papéis, pra tirar o gel da barriga e tal. –Bom, nos vemos daqui algum tempinho, então? –ela me entregou o ultrassom que havia acabado de imprimir. –Passa na recepção, rapidinho só pra agendar sua próxima consulta e o próximo ultrassom, tudo bem?
-Sim, sim! –eu não conseguia esconder minha felicidade.
Agendei tudo o que tinha pra agendar, e saímos do hospital.
-Lindsay, vamos à Starbucks? Preciso falar com o Peter de qualquer forma, e um café agora seria uma boa.
-Claro, tudo bem.
-Ah, e eu também tenho que comprar uma coisinha pro pessoal.
-Que... Coisinha?
-Uma surpresa pra eles.
Meu celular apita duas vezes, e eu o pego, olhando a mensagem um pouco entediada.
Droga, é Peter. Peter, meu patrão. Oh shit.
-Puta que pariu... –gemi. Ou foi mais pra um grunhido? Bom, não sei.
-Que foi? Tá sentindo dor? É alguma coisa com a neném? Me fala Bella! –Lindsay, sempre exagerada.
-Não é nada... Bom, na verdade é. Peter quer que eu vá trabalhar hoje.
-HOJE? Mas é sua folga.
-Sim, mas a Kurt ficou doente. Eu realmente preciso ir, Lind. Me desculpa.
-Mas que merda... Bom, tudo bem. Eu vou com você até a Starbucks. E, só pra avisar, vou dormir com você hoje, tá? Amanhã cedo eu volto pra Stratford.
-Mas já?
-Sim...
...
Cheguei á Starbucks correndo, e Peter me explicou brevemente que Kurt estava com uma virose, ou algo do tipo. Coloquei meu uniforme e corri para o balcão. Lindsay me pediu um Frappuccino, e se sentou á mesa. Entreguei seu pedido, e continuei atendendo os clientes. Eu sempre me cansava muito rápido, afinal, a barriga já pesava, mesmo estando apenas de quatro meses. Lindsay se despediu de mim rapidamente, e disse que pegaria um táxi pra voltar pra casa. Assenti, e continuei atendendo aos pedidos.
Fiquei arrumando alguns copos no suporte dos mesmos. Estava quase no fim do meu expediente, quando o sininho da porta tocou, fazendo-me virar e eu o vi. Era ele, eu tenho certeza. Mas... O QUE ELE FAZIA ALI?
-Bella? –a voz extremamente rouca que eu tentei tirar de minha cabeça por malditos quatro meses, soou. Virei minha cabeça abruptamente, tentando não ser vista.

-Bella? –ele perguntou de novo, e eu, sem pensar, corri. Entrei pra dentro dos vestiários, respirando afobada, apenas escutando os gritos. Os gritos dele.
-Isabella, o que é que foi? Você está passando mal? –Laureen, a garota loira que nunca fala comigo no trabalho, perguntou. –Tem um garoto histérico chamando por você lá fora.
-Eu... Eu não estou me sentindo bem. Você pode me cobrir?
-Ah, sim, claro. E o que eu falo para o garoto?
-Fala que... Que nenhuma Isabella tra-trabalha aqui. P-P-Por favor.
-Sim, sim. –Laureen disse meio afobada, e correu pra fora.
Era ele, disso eu não tinha dúvidas. Mas o que ele fazia ali? Quem contou que eu estaria ali? Será que ele realmente me viu? Será que ele viu meu rosto, ou pensaria que havia feito uma confusão? Só sei que o buraco, antes já cicatrizado, em meu peito, havia se aberto novamente. A dor angustiante me dominando. Arrastei-me pelo armário, apertando as mãos na têmpora. Eu não queria ouvir mais nada, nem mais ninguém. Eu só queria chorar, chorar e chorar. Talvez a poeira daquele cômodo me cobrisse por completo, talvez nos fundíssemos em um só. EU SÓ QUERIA DESAPARECER.
Consegui que Peter me dispensasse mais cedo, de modo que ás 06 horas eu já estava em casa. Esqueci-me de tudo e de todos. Nem avisei a Lindsay que estava em casa. Enfiei-me debaixo das cobertas e chorei. Chorei como nunca havia chorado antes em minha vida.
Justin Narrando
Era ela, eu tenho certeza. Trabalhando na Starbucks. E com uma barriga enorme
Ela estava grávida.
E não era de um filho meu. Se fosse, eu seria o primeiro a saber, tenho certeza. Então é por isso que ela foi embora? Por estar grávida de um otário qualquer? O cara não quis o filho? Por isso ela foi embora? Acabou com a vida da mãe dela desse jeito? Por isso ela acabou com minha vida desse jeito?
 Isabella Narrando.
...
Os dias passavam rápidos, o que era bom por um lado, e péssimo por outro.
Eu não vivia mais, eu apenas existia. A vontade de viver se esvaiu de mim a partir daquele dia na Starbucks. Eu ainda me alimentava e levantava da cama apenas por essa pequena que cresce dentro de mim.
Levantar da cama era um desafio, olhar na cara das pessoas que tanto me amam e me acolhem é um desafio. Eu sentia que os ignorando desse jeito, estava magoando-os, mas eu não conseguia mais. Eu acordava, forçava meu café da manhã a descer goela a baixo, ia para o trabalho, fingia sorrisos pros clientes, beliscava algumas coisas durante o dia, voltava pra casa, forçava meu jantar a descer goela abaixo, tomava um banho e me jogava na cama, chorando até dormir.
Grávidas são muito sentimentais, claro, mas não eram só os hormônios. Eu me sentia vazia. Era como se um buraco tivesse sido aberto em meu peito.
No dia seguinte ao ultrassom, acordei com uma grande dor de cabeça e batidas insistentes na porta. Claro, eram eles. Candy, Candice, Josh... Enfim, todos. Nervosos porque eu não havia ido direto a casa deles, e nem dei algum sinal de vida. Eu apenas resmunguei “Eu não estava bem. É uma menina, podem ir embora.” Todos os sorrisos murcharam simultaneamente, e eles se retiraram sem dizer mais nenhuma palavra. Todos sabiam que algo “a mais” havia acontecido, mas não questionaram nada. Eu pretendia contar a eles sobre o sexo do bebe de uma forma mais alegre, mas eu não tinha mais espaço pra “felicidade” no meu dia-a-dia.
Agora, com sete meses de gestação, parece que tudo começa a pesar. Não, não estou falando da minha barriga. Parece que agora tenho um mundo pra carregar nas costas. E a saudade é maior do que tudo... Há alguns dias atrás, eu realmente fiquei a fim de largar tudo e voltar pra Stratford, desistir de tudo o que eu construí em sete meses e voltar, mas as palavras de Lindsay naquele dia me fizeram desistir de tudo.
Ah... Bom... Eu... Eu não queria te dizer isso, na boa, mas... Sua mãe vai casar Bella.”

Me desculpem pela demora :c 
Nao pretendia demorar tanto, mas eu mudei muita coisa no rumo da IB. Já enrolei demais com ela e tal, então mudei pra poder terminar logo. Mais alguns capítulos e teremos um fim. Sem choro, sem choro. Tenho mais 3 IB's aqui pela metade, mas ainda tenho que decidir se vou continuar postando aqui, ou se vou pro Anime, ou pro Tumblr. (Talvez eu deixe o blog pra Anne e pra Carol, mas não é certeza ainda... )
Enfim, comentem okay? Continuo com 10 comentários. Eu sei que vocês conseguem.
Não comentem mais de uma vez, okay? Eu sei quando isso acontece. 
Beijos e beijos. Happy PLLDay (nem sei se tem alguma little liar aqui, mas blz hahaha)

9 comentários:

  1. continuaaaa ! leitora nova ~ @oshjb ~

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  2. continua eu to muito curiosa... mais eu n quero que termine assim eu quero que eles voltem..que ele saiba da filhinha dele.. e posta logo o próximo capitulo, se fica torturando a gente ai..-@juliadrewmotta

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  3. adorei, só que gostaria tbm q o justin soubesse do bb logo, seilá... n demora de novo pra postar, é toutura mesmo haha...

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  4. continua amr, ai mds eu quero que eles voltem ai g-zuis que ansiedade...

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  5. Este comentário foi removido pelo autor.

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  6. continuaaaa por favor, o Justin e a Bella tem que voltarem.. eles são perfeitos

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  7. Continua logo... Eu quero que ela se encontre de verdade com o Justin, eles tem que conversar antes que a Claire nasça, ela não pode nascer sem pai!

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O que você comenta aqui, é o que me inspira a continuar, gatinha <3