domingo, 13 de janeiro de 2013

You Belong With me -39º capítulo.


"How dare you, child, defy your father?
You better let young Isaac go." -Abraham's Daughter -Arcade Fire


-Mãe, se caso eu estivesse grávida, o que a senhora faria? –perguntei rapidamente e ela se engasgou com o suco. O Clima ficou tenso imediatamente.
-V-V-Voce tá grávida?
-Claro que não! Meu Deus.
-Você tá grávida, não está? –apenas abaixei a cabeça, eu não conseguiria mentir tanto pra minha mãe. –FALA ISABELLA! FALA!
-Olha mãe... Eu...
-CALA A BOCA, ISABELLA! Paul será que você...
-Claro amor. Mais tarde eu te ligo. –eles deram um selinho e ele saiu.
-DE QUEM É? –ela gritou e nesse momento eu já estava em lágrimas. –FALA!
-É do...do...
-É DO JUSTIN, NÃO É? E AQUELA MERDA DE HISTÓRIA DE “SOMOS SÓ AMIGOS”? VOCES MENTIRAM PRA MIM!
-Me desculpa! –gritei, soluçando. –Aconteceu! Foi minha primeira vez, mãe... Nós não estávamos preparados, não tínhamos camisinha. Foi tão... Foi tão especial, que eu nem me preocupei com isso, na hora... E... –solucei, não conseguindo mais falar.
-VOCES FORAM TÃO BURROS ASSIM?
-F-F-Foi minha primeira e única vez, mãe. Na hora eu não pensei em falar “ah, Justin, goza fora...”. Eu nem estava preocupada com isso na hora, mas que merda! –gritei e levei um tapa estalado na cara. Eu não estava acreditando. Minha mãe nunca havia me batido... Não assim. Eu não podia acreditar, ela havia... Ela havia realmente me batido? O ardor na minha bochecha mostrava que sim. Levei a mão até a bochecha, constatando os vergões se formando. Encarei-a chocada.
-VOCE NÃO VAI TER ESSA CRIANÇA! –ela gritou, e eu constatei que ela também estava chorando. Olhei-a horrorizada.
-Você quer que eu tire meu filho? Não! Você não pode fazer isso comigo, não pode! É só... É só um bebe!
-Não me importa! Você não o terá!
-VOU SIM! Você não pode me tirar isso, você não... –comecei a chorar compulsivamente.
-Você não terá essa criança... Não enquanto morar sob o meu teto!
Corri para o meu quarto, ainda chorando. Os vergões em meu rosto ardiam, porém não eram nada se comparados à dor que eu sentia em meu coração. O aperto no meu peito era horrível, sufocante.
Claro, eu só soube sobre essa criança ontem, mas já me era insuportável imaginar perde-la. Eu já o/a amava. Era minha pequena, ou o meu príncipe. Minha mãe não podia fazer isso comigo. Ela não tinha esse direito. Ninguém tinha direito nenhum sobre meu filho. Suas palavras passavam por meus ouvidos novamente, quase como um flashback, e eu sentia pontadas em meu peito.
“VOCES FORAM TÃO BURROS ASSIM?” Um tapa estalado na cara... “VOCE NÃO VAI TER ESSA CRIANÇA!” “Você não o terá!” “Não enquanto morar sob o meu teto!” e então uma decisão se formou em minha mente.
“Não enquanto morar sob o meu teto!”
Corri até meu closet, peguei uma roupa quente, pra enfrentar o frio colossal que fazia lá fora. Uma blusa branca, uma calça jeans preta, uma blusa de frio preta. Um cachecol de estampa. Abri meu pequeno cofre e despejei todo o dinheiro numa bolsinha. Deve haver mais de sete mil dólares, o que daria pra sobreviver por um curto tempo. Peguei meu Iphone, meu carregador e as vitaminas que eu deveria tomar. Voltei ao closet, peguei duas malas e coloquei minhas roupas nas mesmas. Logo em seguida, em uma mala menor, coloquei um par de tênis, um par de chinelo e  um par de sandália. Coloquei apenas roupas básicas e de extrema utilidade, como camiseta, blusas de frio e calças de moletom.
Se eu a conheço bem, minha mãe deve ter tomado um remédio pra dormir e se deitou, mas mesmo assim, era melhor verificar.
Olhei o corredor, desci as escadas e olhei a sala, a cozinha e depois o quintal. Nada.
Subi de volta ao quarto, descendo as malas, uma por uma, lentamente. Coloquei minha bolsa no carro, as chaves e meu Iphone no bolso da calça. Meus olhos estavam lacrimejados.
Fui até meu quarto, peguei uma folha cor-de-rosa e minha caneta roxa preferida, com cheirinho. Uma vez meu pai me deu uma caneta dessas quando eu tinha uns 10 ou 11 anos, e eu sempre compro a mesma caneta.
Voltei á sala, me ajoelhando no chão e me apoiando na mesinha de centro.
“Mãe... Eu sei que não tenho sido a melhor filha desse mundo, e também sei que te magoei bastante. Eu só queria que você entendesse que eu já amo essa criança, assim como amo o pai dela, e que eu não poderia tirá-la. Ela é fruto do meu amor, e de Justin. Eu sei, somos novos, e talvez ele nem queira assumir essa coisinha que cresce dentro de mim, mas eu simplesmente não posso mata-lo/mata-la.
Essa coisa toda é tão engraçada, porque, até alguns meses atrás, eu não me imaginava mãe. Eu nunca quis um filho, eu sempre achei responsabilidade demais, mas agora, com 18 anos, estou indo embora de casa, com uma nova vida dentro de mim. Eu espero poder voltar algum dia, e espero que a senhora não me odeie pra sempre, e que, um dia, perceba que eu fiz o melhor. O melhor pra mim, o melhor pra você, o melhor pro Justin e o melhor pro seu neto/sua neta. Neste momento, estou acariciando minha barriga e sorrindo bobamente.
Se a senhora quiser, conte ao Justin que ele terá um filho. Não terei coragem para fazer isso. Mas, se a senhora for tão sensata quanto eu, vai preferir não fazer isso.
Por favor, me perdoe. Eu te amo, muito, do fundo do meu coração, mas você não me deu escolhas quando disse que eu não teria essa criança se ainda morasse debaixo do seu teto. Tudo o que eu te peço nesse momento é que me perde, e saiba que eu só estou fazendo o melhor.
Com amor, Bella.”
Dobrei a folha lentamente, e coloquei a mesma em cima de mesinha. Eu já estava soluçando, as lágrimas me dominando completamente. Atravessei a sala, e abri a porta, passando pela mesma. Tranquei, e depois, coloquei a chave numa brecha do batente, onde geralmente deixávamos a chave.
Entrei no carro e encostei a cabeça no volante, chorando compulsivamente. Socava o volante como uma louca, e eu me sentia um lixo por dentro.
Contar ao Justin sobre a gravidez, certamente não era uma opção. Ele me pediria pra ficar, e isso seria impossível. Ou, na pior das hipóteses, ele diria que não queria essa criança e eu teria que vir embora, de qualquer forma, só que com um coração mil vezes mais despedaçado.  E também, pra minha mãe, uma gravidez era inaceitável.
Coloco a chave na ignição, girando a mesma, e me permito uma olhada a casa, sabendo que aquela era a última. Para sempre? Não, talvez. Mas certamente por um longo tempo. Como eu sobreviveria? Ficar em um hotel não era uma opção, claro. São caros, e meu dinheiro –mesmo que bastante no momento –não duraria por muito, se eu resolvesse me hospedar. Como me sustentaria? Quem aceitaria uma adolescente grávida como funcionária? E, mesmo que eu omitisse a gravidez, minha barriga cresceria em muito pouco tempo. Mentir não era viável.
Mas eu, obviamente, preciso de um lugar pra ficar. Um lugar pra me acolher e me esconder, junto ao meu pequeno ou minha pequena. Mas quais opções eu tinha? Ou quais chances de conseguir uma “alma bondosa” que me acolhesse, estando eu, grávida?
Lindsay.
Oi, gente. Bem?
Vou responder algumas coisinhas aqui, meu amores:
Anônimo: "ME RESPONDA POR FAVOR: quando vc posta?"   Eu não tenho exatamente um dia certo pra postar, depende do tempo que eu disponho pra escrever, depende se vcs comentam e depende muito se eu tenho criatividade, porque senão sai a maior merda. Mas  eu sempre posto á noite, isso não vai mudar.
Belieber Da Imagine: "continua, eu simplesmente amei ... Mas, na boa a Isabella tinha que contar pro Justin primeiro, ele é o pai!" Ah amor, mas veja pelo lado dela: adolescente, grávida, com medo, sem saber se ele vai ou não aceitar a criança, sem saber o que a  mãe dela vai achar? Então :c

9 comentários:

  1. Continuo achando que ela tem que contar para o pai da criança, ele merece saber que vai ter um filho e eu quero muito que seja ela que conte, não a mãe dela ou outra pessoa... Enfim, está perfeita como sempre, continua!

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  2. AAAAA eu sempre piro a cada capitulo novo...ta perfeito..continua logo!! -@juliadrewmotta

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  3. Continua que ta muito perfeito.-Amanda

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  4. qro post hoje, por favor não demora e faz um pouco maior os capitulos :)

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  5. hey continua, desculpa nao ter comentado nos outros caps é que tipo, eu tinha viajado e quando voltei fiquei toda perdida kkkkkkkk enfim, ta perfeita como sempre continua <3

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  6. muitoooooooooo booomm, continuaa quero saber qq vai acontecer, eu queria que o justin soubesse, mais continuaa kk

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  7. Leitora nova liinda. Continua amr sua IB é perfeita.

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O que você comenta aqui, é o que me inspira a continuar, gatinha <3