-Prazer J-Justin, sou Isabella... Pode me chamar d-de
Bella. - gaguejei as palavras.
-O que faz aqui?
-Minha mãe esta com a pressão um pouco e tem que ficar em
recuperação. E você?
-Minha tia trabalha aqui, combinamos de almoçar juntos,
então vim espera-la.
-Você mora com ela?
-Sim.
-E seus pais?- ele abaixou a cabeça, visivelmente triste,
e mordeu o lábio inferior fortemente.
-E-Eu não os conheci... Eles... Morreram num acidente de
carro quando eu tinha alguns... Dias de vida.
-Oh Meu Deus, Justin, me desculpe. Eu... Sinto muito. Eu
sei que você sente.
-Acredite você não sabe...
-Uh... Meu... Pai, morreu á 3 anos.
-Sério?- assenti. - Agora EU sinto muito. Isso deve ser muito mais difícil.
-Acredite, É muito difícil... Mas, a gente supera. Ou
pelo menos tenta. - sorri fraco, tentando segurar as lágrimas.
-Okay, vamos mudar de assunto senão vamos acabar chorando
como dois bobões. Você não quer isso, quer?- eu neguei rindo.- É esse sorriso
que eu quero ver no seu rosto.
Passamos a manhã toda no jardim, conversando, ás vezes eu
entrava um pouco pra saber se minha mãe já poderia ter alta, mas as respostas
eram sempre negativas. Ao meio-dia, Justin (eu evitava constantemente falar seu
nome) teve que ir embora, uma mulher alta,
morena, de olhos claros apareceu e chamou-o para almoçar. Ela parecia nova,
talvez alguns anos mais velha do que eu. Era engraçado vê-la ao lado de...
Justin, eles até pareciam namorados!
Ele é muito engraçado, me fez rir várias vezes e esquecer
dos meus “problemas” por um tempo. Trocamos números de telefone. “Talvez
possamos nos reencontrar e conversar, nos conhecer um pouco mais, eu diria”,
ele disse assim que terminei de anotar meu número em seu celular. O que eu
tinha á perder? Ele era lindo, engraçado, fofo e me divertia. Talvez isso fosse
um sinal do destino, certo? Talvez alguém lá em cima, quisesse que eu fosse
feliz. Porque não dar uma chance? O garoto veio falar comigo –mesmo sem me
conhecer –pra perguntar se eu estava bem! Quando eu vou encontrar alguém assim,
novamente? Nunca! Nunca mesmo! Talvez seja disso que as pessoas precisam; dar
uma chance aos outros e dar uma chance a si mesmo. Dar uma chance ao seu
coração –mesmo que já tenha dado essa chance, e seu coração fora quebrado
–tente. E de novo, e de novo.
Como eu disse no meu discurso de formatura –a quase um
mês atrás –,é a hora de cometer erros, não é? Vamos cometê-los.
Flashback
ON
-Pai,
eu o odeio! Odeio com todas as forças!
-Pequena,
odiar é uma palavra muito forte, sabia?
-Não
pai, eu o odeio! Ele deveria ter ME convidado não a Mackenzie! ME CONVIDADO!
–gritei enquanto chorava e soluçava, com a cabeça deitada no colo de meu pai.
Estávamos
á 3 semanas do baile anual e eu tinha apenas 11 anos. Era apaixonada por um
garoto da minha turma, o Lucca. Ele era lindo, a pele bem clarinha, cabelos
pretos arrepiados contrastando com a pele e os olhos bem clarinhos. Ele era meu
colega de mesa na aula de química e de biologia, ele sempre se sentava comigo
na hora do almoço, e eu, como uma boca, achei que ele me convidaria para ser
sua acompanhante no baile de formatura, mas não! Ele convidou a MACKENZIE
HOLLISTER –até então minha melhor amiga. Aquilo foi o fim do mundo pra mim, eu me
sentia a pior pessoa da face da terra.
-Querida,
existem tantos garotos bonitos por aí. Vejamos... O Bieber! Quem sabe ele não
te convide para o baile?
-Não
pai! O Bieber é meu melhor amigo, e, mesmo assim, ele vai com a Tiffany!
-Oh,
vai? Pois bem, que tal o...
-Não
pai! –o interrompi –Não quero mais ir nesse baile idiota!
-Tem
certeza, princesa?
-Tenho
papai.
-Olha,
ainda terão outras chances, Okay?
-Eu
sei! Eu nunca mais vou gostar de garoto nenhum!
-Não
diga isso, está bem? Muitos garotos ainda te magoarão, muitos mesmo, mas todos
erramos, não erramos? A gente que tem errar, se não, nunca vamos aprender. Até
que um dia, do nada, a pessoa certa vai aparecer.
-Foi
assim com a você e a mamãe?
-Sim,
querida, sim. Agora durma, durma e tenha bons sonhos princesa Bella. –ele me
deu um beijo na testa, me cobriu e saiu, apagando a luz antes.
Flashback OFF
Flashback OFF
Papai tinha total razão
quando me disse isto. Estava chorando de novo, ótimo, estou tão sentimental!
Talvez seja apenas carência.
Adentrei o hospital novamente,
indo falar com a enfermeira que me olhou com cara de tédio, já sabendo a
pergunta que faria.
-Não querida, sua mãe não
teve alta ainda. –ela disse mascando o chiclete de uma forma completamente
repugnante.
-Claro! Então eu vou
almoçar, mas volto rapidamente.
-Não precisa se apressar
tanto, talvez, quando você volte ela esteja de alta.
-Oh, sim. Muito obrigado.
-Por nada. –ela me respondeu
e continuou mascando o chiclete, enrolando a ponta dos cabelos ruivos no dedo.
Revirei os olhos, aquilo parecia pateticamente à cena de um filme.
Fui até um restaurante self-service que havia próximo –mais
precisamente em frente- ao hospital, pegando uma bandeja, um prato e talheres.
Servi-me de uma massa, salada e carne-assada. Pesei tudo e paguei. Sentei-me
numa mesa próxima a janela, remexendo minha comida de um lado ao outro do pratos,
dando algumas garfadas. Olhei pro bolo em meu prato e torci o nariz. Realmente,
não estava com vontade de comer, estava enjoada. Levantei-me, jogando o resto
–ou quase toda, tanto faz- da comida no lixo e sai, voltando ao hospital.
Quando voltei ao hospital, encontrei Marie
–a tia de Justin –e ela me disse que ele havia ido pra casa. (N/A: Gente, é o Justin que ela conheceu no
hospital, Okay? Não o nosso lindo tesudo Bieber, não confundam. Haha)
-Querida! –a enfermeira me
chamou. –Boas notícias! Sua mãe teve alta, mas, todo cuidado é pouco. A pressão
dela ficou alta por bastante tempo.
-Oh, claro! Pode deixar, vou cuidar da velha.
–ela riu fraco e depois saiu. Fui andando pelos corredores, até chegarão quarto
de minha mãe, encontrando-a se arrumando. –Tá pronta?
-Achei que não sairia daqui nunca! –ela
resmungou. –Você sabe o quanto odeio hospitais!
-Talvez eu tenha herdado essa aversão á
hospitais de você. –nós rimos. –Vamos, dona Lucy Stones.
-Isabella, você não sabe o quanto eu odeio que
você me chame assim!
-E você não sabe o quanto eu odeio que você
me chame de Isabella. -(risos)
continua...
♥
Gente, houve um pequeno (grande) erro ahaah
Eu escrevi vários capítulos, e tipo, quando eu fui postar o 28, eu acabei postando o 29 :o alkfsjskfjklsf
Sério, mil perdões! Mil!
Então, quem já tinha lido o capítulo 28/ Outro cara, pfvr, me perdoem
aslkfjlskfj as vezes eu sou meio antinha, é sério.
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