Uma das muitas coisas que eu gostava neles era que me faziam sentir em uma verdadeira família, coisa que eu não tinha há muito tempo. Desde que meu pai morreu, minha mãe vivia trabalhando, não passávamos mais um "tempo de qualidade" juntas, não parávamos mais pra almoçar juntas. O máximo que tínhamos era um café da manhã corrido. Eu tinha Justin, mas não era a mesma coisa de família e... Agora nem Justin eu não tenho mais.
...
Acordei de madrugada, com algumas dores no pé da barriga. Por um momento
até pensei que a bolsa poderia ter se rompido, mas não, cama seca, roupas
secas. Então, qual o motivo da dor? Bom, lembro que a doutora Ashley me disse
uma vez que eu poderia ter algumas dores desse tipo, mas ela não me disse das
dores serem tão intensas assim...
Revirei na cama, desejando ser forte o suficiente para dormir, mesmo com
a estranha dor que me assombrava. Depois levantei, sabendo que não conseguiria.
A noite estava
bonita hoje, reparei. A luz da lua clareava o quarto, uma vez que a cortina não
estava cobrindo a varanda. Andei até a varanda e comecei a observar as estrelas
e a lua. Sempre preferi a noite a o dia, particularmente.
Usei esse tempo pra pensar em como minha vida havia mudado
ultimamente... Enfim, obviamente, muita coisa havia mudado. E eu ainda me perguntava,
se eu tivesse ficado em Stratford, o que teria acontecido? Minha mãe teria
realmente me obrigado a tirar esse bebe? Ou ela pensaria melhor? Bom,
dificilmente ela mudaria de ideia, então, se eu tivesse ficado eu não teria
minha pequena Claire. Eu ainda seria a melhor amiga de Justin? Bom, isso era
difícil de saber, porque nossa amizade não era a mesma de antes. Drogas, mortes, sexo, sequestro. Não,
obviamente, nossa amizade não seria a mesma.
Deitei na cama novamente, esperando que o sono viesse, mas não. Apenas
mais algumas pontadas na barriga que começavam a me preocupar.
Talvez eu pudesse ligar pra minha médica de manhã e ver se ela poderia
me atender, mas... Não, esqueci de que havia combinado com o pessoal de ir ao
clube. Desci as escadas ainda meio mole, pois tinha acabado de levantar.
Observei o relógio da sala, que marcava 05h45min da manhã. Fui até a cozinha.
Preparei um chocolate quente e descongelei alguns waffles que Elizabeth havia
deixado pra mim. Coloquei bastante mel por cima dos waffles e coloquei o
chocolate quente numa xícara. Levei tudo pra sala, e me deitei no sofá, me
cobrindo com uma coberta que estava dobrada na ponta do mesmo. Liguei a TV num
canal de desenhos –a coisa mais interessante que se tem pra assistir as 05/06
horas da manhã.
Não me lembro de quando adormeci, só sei que acordei no sofá. O sol que
entrava pela janela me incomodava, e eu me martirizei mentalmente por ter me
esquecido de fechar as cortinas. A minha xícara estava no chão, e o chocolate
quente pelo tapete. Devo ter adormecido com a xícara nas mãos.
Fui para o quarto, arrumei minha bolsa. Coloquei protetor solar, uma
blusa de frio, óculos de sol e entrei no banheiro, shampoo, condicionador –pra lavar
nos chuveiros do clube, porque até chegar em casa meu cabelo ficaria um caco.
Tomei um banho e depois coloquei meu maio, um shorts, fiz um coque no cabelo e
desci. Peguei uma maçã na cozinha e depois saí de casa, vendo se todos estavam
prontos.
...
-Josh, seu vagabundo! Se você jogar água em mim mais uma vez, eu te
mato. –gritei enquanto o babaca ria na piscina.
Eu, Candy e Candice estávamos tomando sol,
Keaton, Josh e Sammy nadando na piscina. Eu acariciava minha barriga por cima
do maiô, enquanto observava os meninos jogando.
-Minha pequena... Só mais um mês.
-Eu to muito ansiosa... To mais ansiosa que a Bella. –disse Candice.
-Duvido.
-Sério to mesmo.
-Her... Bella... Desculpa perguntar, mas... Depois que esse neném
nascer, sua mãe não pode fazer mais nada. Ela não pode te fazer abortar, depois
que a Claire nascer. –Candice falou.
-Não... Não mesmo.
-Então... Você pensa em voltar pra casa?
-Eu... Eu não sei. Talvez sim, talvez não. É só que... Eu acho que o
Justin vai me odiar pra sempre. –senti um pequeno desconforto na barriga e mude
de posição.
-Não se ele te amar de verdade. –Sammy, que eu nem sei da onde veio,
disse, sentando-se numa espreguiçadeira ao meu lado direito.
-Eu não tenho mais tanta certeza assim se ele me ama... Não depois do
que eu fiz. Bom... Eu sinto que eu fiz o certo, mas ao mesmo tempo o errado,
sabe? É tudo muito confuso.
-Eu não sei o que faria se estivesse no seu lugar, sério. –Candice
falou. Aquele assunto me deixou deprimida... Muito. Pensar se depois de quase
um ano Justin ainda me amava ou não, se tinha outra, ou até pior, se amava outra. Eu não sabia se suportaria
vê-lo com outra garota. Eu sempre senti ciúmes dele, mas agora, agora era
diferente, agora eu o amava mais do que como amigo... E ele deve me odiar nesse
momento. A pergunta de Candice me deixou realmente confusa. Eu ainda não sabia
o que iria fazer, não mesmo. Eram tantas responsabilidades e...
Uma dor aguda no pé da
barriga.
Era como a dor que senti de madrugada, só que triplicada, quadruplicada ou
sei lá quantas vezes mais forte, me fazendo ofegar.
-Ai! –gritei e as meninas me olharam assustadas. A dor se aliviou um
pouco e minha respiração se acalmou aos poucos, mas de repente eu senti uma vontade imensa de ir ao banheiro.
Levantei-me rapidamente, mas senti o líquido escorrendo pelas minhas pernas
antes que eu tivesse tempo de ir ao banheiro. Não, não era xixi! Não, não...
Não estava na hora.
-Ai! –gritei novamente, quando uma pontada mais forte me atingiu. Caí
sentada na cadeira novamente, e rapidamente as meninas se levantaram, ficando
minha volta. –A-A bolsa! –gritei. Keaton saiu da piscina rapidamente, sendo
seguido por Josh. Algumas pessoas que estavam na piscina brincando pararam pra
olhar.
-A bolsa estourou? –gritou Josh e eu assenti, mordendo o lábio contendo
outro grito de dor. Imediatamente meu corpo foi erguido e eu dei outro grito
agudo. As meninas gritavam com alguém sobre o telefone, a chave do carro e
outra coisa que eu não consegui entender.
Inspira e expira, inspira e
expira.
Tentei me lembrar da tal respiração cachorrinho que a médica havia me
ensinado. As lágrimas escorriam por meu rosto, e o suor brotava em minha testa
enquanto Keaton me carregava com dificuldade em direção ao estacionamento, com
todos correndo atrás de nós.
Fui colocada no banco de trás do meu carro, com a cabeça no colo de
Candy e as pernas em Sammy. Josh dirigia; Keaton ia ao banco da frente, e
Candice se apertava do lado de Sammy.
Meus gritos de dor eram constantes e as lágrimas saiam
involuntariamente.
-M-M-Meu celular. –consegui pedi em meio a gemidos e ofegos. Alguém –não
sei quem –me entregou o mesmo e eu digitei os números com as mãos tremulas. Ela
atendeu no segundo toque.
-M-M-Mãe? Mãe, eu p-p-preciso de você.
-Bella? Isabella? PAUL É A BELLA, AI MEU DEUS!-ela gritou com alguém ao longe.
-FILHA, ONDE VOCE ESTÁ? VOCE TÁ BEM? ME FALA, POR FAVOR. ME FALA QUE EU VOU TE
BUSCAR. BELLA ME PERDOA, ME...
-Mãe... Ela vai nascer. –sussurrei outra dor aguda me atingiu, me
fazendo gritar.
-Me dá o celular Bella, eu falo com ela. –sugeriu Sammy. Entreguei o
celular na mão dela sem hesitar. Em poucos minutos chegamos ao hospital devido à
velocidade excessiva em que Josh dirigia. Fui deixada no carro, enquanto Candy,
Josh e Keaton corriam pra dentro do hospital. Pouco tempo depois um médico e
duas enfermeiras apareceram com uma maca, me tirando de lá.
Não sei quem, mas alguém ligou pra minha médica. Tiraram meu maiô e me
colocaram naquela roupa ridícula de hospital com toquinha e etc. Assim que a
médica chegou, ela foi correndo pro quarto onde eu estava pra ver minha
dilatação.
-As contrações estão muito fortes? –ela perguntou.
-Sim. –perguntei de dentes cerrados.
-Bella... Sinto muito, mas você ainda não tem muita dilatação. Na
verdade, quase nada de dilatação. Você precisará ficar aqui enquanto espera...
Eu não posso fazer seu parto se você não tiver dilatação.
-Q-Quanto isso pode demorar?
-Não sei querida. Às vezes demora bastante... Alguns casos de mais de 12
horas. Eu sei que dói, já passei por isso, mas... Você precisa aguentar, tudo
bem? Mas, por nada nesse mundo, nada mesmo, você deve dormir, tudo bem? Não
importa o quão cansada esteja, apenas não durma, Okay?
Assenti, mordendo minha bochecha por dentro, tentando não gritar. Meu
rosto grudava de suor, e minha boca estava seca como nunca esteve antes. A
porta foi aberta, mas eu não ousei olhar pra ver quem era. Estava olhando para o
teto, gemendo de vez em quando, quando algumas dores mais fortes me atingiam.
-Me perdoa. –ela sussurrou e meu coração parou.
-M-Mãe. –virou o rosto e pude ver lágrimas em seus olhos. Apertei sua
mão brevemente, antes de dar outro pequeno grito. –Você... Você veio.
-Eu não podia te abandonar, querida... Só... Me perdoa... Me perdoa por
tudo o que eu disse... Eu... –ela soluçou. As lágrimas voltaram a cair de meu
rosto.
-T-tudo bem, mãe... Eu... Ai!
-Sua barriga tá enorme... E...
-E-Eu sei. AAAI.
-Eu sei que dói, mas... Você só precisa ficar calma, tudo bem? Respira
fundo, logo tudo isso passa e você vai estar com... Esse bebe no colo.
-É menina mãe... É a minha Claire. –seus olhos se arregalaram um pouco,
e depois lágrimas rolaram por seu rosto de novo, enquanto ela acariciava meu
rosto e soluçava.
Depois de mais ou menos uma hora deitada, apenas segurando a mão de minha mãe, as
contrações começaram a aumentar e a médica entrou novamente no quarto pra ver
minha dilatação.
-Ah, isso... Muito bem, Bella. Temos uns oito centímetros aqui... A sala
de parto já está preparada, uma enfermeira já vira aqui te atender pra te
levar, tudo bem? Bom... A senhora precisa sair agora, Okay? –minha mãe assentiu
e me deu um beijo na testa.
-Mãe... Quem veio com você?
-Bom... Todo mundo. Paul estava sem carro, eu precisaria de alguém pra
nos trazer aqui, e... Bom, você deve saber quem veio. Fiquei bem, querida. –meu
coração acelerou. Quer dizer que ele está
aqui? Ela se despediu de mim e saiu. Alguns minutos de agonia depois, uma
enfermeira entrou no quarto, mediu mais uma vez minha dilatação, ajeitou minha
touca na cabeça e me dirigiu á sala de parto.
Depois de estar devidamente ajeitada na sala de parto, entubada e etc. a
doutora entrou.
-Bella... Alguém vai entrar? O resto do pessoal pode assistir por aquele
vidro ali. –ela apontou pra um vidro que dava numa pequena sala de espera.
-Eu... Justin. Eu preciso do Justin comigo. P-P-Por favor.
-Vou ver se ele... Justin, né? –assenti com os dentes cerrados. –Vou ver se ele quer entrar.
-Não... E-Ele tem que entrar.
-Sim, Justin. –um enfermeiro saiu dali e alguns minutos depois eu vi
através do vidro, a sala do lado de enchendo de gente. Candy, Candice, Sammy, Josh, Keaton, Elizabeth, Lindsay, Ryan,
Christian, Paul, Minha mãe… Estavam todos
ali. Senti um toque gelado em minha mão direita e virei meu rosto. Ele estava ali. Ele realmente foi. Com
aquela roupa ridícula de hospital e uma toquinha na cabeça. Seus olhos estavam
marejados e seu olhar era um misto de raiva, decepção, carinho e surpresa.
-Me perdoa... –foi a única coisa que eu consegui sussurrar antes das
contrações fortes realmente começarem. A médica apareceu novamente, com máscara
e luvas. Apertei a mão de Justin com força, enquanto respirava
dificultosamente. –Justin, me perdoa, me perdoa, eu...
-Shhh. Voce tem que fazer força, Bella. –escutei
a voz dele dizendo.
-Não, Justin... –disse dificultosamente. –Eu só preciso que você me
perdoe e...
-Shh! –ele depositou um beijo mínimo em minha testa e pressionou o dedo
em meus lábios, me instigando a fazer força.
-Vamos Bella! –a médica gritava e eu tentava fazer o máximo de força
possível. Massacrando a mão de Justin. –Vamos querida, mais forte!
-Vamos lá Bella, você consegue. -Vamos, eu já estou vendo ela, vamos
Isabella! –respirava, inspirava e empurrava. A dor era horrorosa e eu fazia uma
força imensa. –Ela já está vindo, vamos Isabella! –a médica gritava me
incentivando. Eu sentia que estava prestes a fraquejar e Justin apertou mais
minha mão, me dando forças pra continuar. Respira, inspira, empurra. Respira,
inspira, empurra. –Isso, isso mesmo. Ela está quase saindo! Se mantenha forte e
acordada, Bella! Vamos... Isso... Mais força. -Dei um grito alto e agudo quando
senti algo escorregando pelas minhas pernas e caí na mesa, derrotada. O choro
da minha pequena ecoou por toda a sala e as lágrimas começaram a escorrer por
meu rosto.
-Nasceu, Bella... Nasceu. –Justin disse com a voz mais doce possível, e
eu percebi seus olhos marejados.
-Obrigado... Por vir.
Ele apenas balançou a cabeça e me deu um beijo na testa. Alguns
segundos, ou minutos, não tenho certeza, depois, um enfermeiro veio me entregar minha pequena,
enroladinha num paninho azul. Peguei-a com muito cuidado, as mãos tremulas, as
lágrimas rolando sem parar. Ela era tão pequena. Sua boquinha se abria e
fechava várias vezes, como se estivesse comendo o ar. Suas mãozinhas estavam
fechadinhas. Seus cabelos ainda estavam grudadinhos, devido ao sangue. Seu
nariz era pequeninho. E não, minha filha não tem cara de joelho.
-Ela... Ela é linda. –Justin sussurrou e depois fungou, e eu percebi que
ele estava chorando.
-N-Nossa... Nossa... –sussurrei, antes de apagar com a pequena ainda em
meus braços.
Poxa cara, se eu não me engano, no capítulo 41 eu elogiei vocês por comentaram bastante, e agora vocês param? Comentem bastante, a IB está acabando, comentem e eu posto mais rápido.
Minha amiga falou "Gabi, mata a Bella! Não comentam, você mata a Bella!" Confesso, no começo eu pensei nisso (AHISDIOHASDIHOIOHSA), mas eu não sou tão ruim assim e cara, eu acho uma puta falta de sacanagem quando você lê a fanfic inteira, comenta e pá e a mina simplesmente mata a personagem principal da história. Eu pretendia fazer esse capítulo maior, mais dramático e o encontro deles mais emocionante, porém eu to com sono e vcs não comentaram mesmo... Enfim, tchau ;)
CONTINUO COM 8 COMENTÁRIOS!
CARA CONTINUAAAAAAA POR FAVORRRRRR, E MESMO QUE ESTEJA NO FIM, ALONGAAAAAAAA, PLS, SUA IB É MUITO PERFEITA, MUITO MINHA, FAZ PELO MENOS ATE O CAP 50, AMO SUA IB, CONTINUAAAAAAAA
ResponderExcluirOMB... ELA NASCEU E ELE TAVA LÁ q liiiiiiiindooooo... Amei amei amei esse cap.. CONTINUA POR FAVOR
ResponderExcluirAí meu Deus até que enfim a Bella e o Biebs se encontraram e ainda em um momento muito lindo do nascimento da filha deles continua por favor- amanda
ResponderExcluirai scrr continua, ta muito perfeito! como assim ta acabando? mds não
ResponderExcluirAhhhhhh eu pireeeeeei, amei muito esse capitulo agora tudo ta se acertando a parte que a mae dela foi la fooi muito emocionante, continuaa logooo
ResponderExcluirai meu deus do ceu scrr continua logo por favooooooooooor
ResponderExcluirAi, meu deus... Apenas continua, o Justin precisa saber que é pai!
ResponderExcluirSo não faz a bela morrer pelo amor de deussss pelo menos essa ib perfeita tem que ter um final feliz!!
ResponderExcluirNasceeeeeeu ai meu deus
ResponderExcluirJustin sabe que é o pai? Ta perfeito, continuaaaaaa
ResponderExcluircontinuaaaaa
ResponderExcluir11 comentários! Nao para por favor ),: to sempre vindo aq pra ver se vc postou
ResponderExcluircontinua pleeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeease!!
ResponderExcluirAhhhh continuaaaa ta MUUUITO perfeito
ResponderExcluirCONTENUAAAAAAAAAAAA
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